COMUNICADO
A
REDE – Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea, vem
desta forma, manifestar um parecer coletivo, relativamente à grave situação
atual, de progressivo desinvestimento no sector cultural português.
A
nosso ver, a atitude do Governo, de destituição do valor das “Práticas de
Crítica, Pensamento e Criação”, enquanto essenciais para o equilíbrio das
sociedades e desenvolvimento de cada indivíduo, é espelhada na contínua
exclusão de um Ministério da Cultura, na reduzida parcela do Orçamento de
Estado, atribuído à Cultura e na falta de distinção com que se tem vindo a
proceder com vários assuntos relacionados com a Direção Geral das Artes e os
Programas de Apoio às Artes.
Após
a primeira fase de concurso e resultados dos Apoios às Artes em 2015/2016 -
Anuais| Bienais| Tripartidos, parece-nos de relevada importância vincar, antes
de mais, que é de responsabilidade da DGArtes cumprir com os pressupostos dos
concursos por ela delineados, bem como comunicar, pública e atempadamente,
sobre todas as alterações relativas aos processos em causa, uma vez que é
nestes moldes que a DGArtes trata os seus candidatos.
É
necessária e urgente a estabilidade do
sector. A abertura tardia dos concursos, a saída dos resultados a meio do ano a
que respeitam os apoios e a falta de apoios consistentes de continuidade, levam
a um funcionamento baseado no imediatismo, o que não se coaduna com as
necessidades de sustentabilidade do sector cultural.
É
importante refletir sobre os Programas de Apoio às Artes com uma atitude de
investimento na Cultura, que por um lado alimente e apoie o tecido cultural,
que tem vindo a ser estabelecido em Portugal e internacionalmente ao longo das
últimas décadas e, por outro, que aposte e impulsione novas visões e estruturas
culturais.
A
REDE compromete-se, como sempre fez, a contribuir para a procura de soluções e
propostas alternativas, bem como a disponibilizar-se para manter um diálogo
próximo entre a DGARTES e o tecido cultural artístico.
Pela REDE -
Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea
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